Caso
apresentado no 50° CBA e enviado por:
Dr.
Dirceu L Gomes
Co-Responsável CET-SBA Santa Casa (SP)
Diretor
Científico do Pavilhão Fernandinho
Médico
Assistente HC-FMUSP
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ANESTESIA EM PACIENTE PORTADOR DE MICROGNATIA E ANQUILOSE
BILATERAL
DE ARTICULAÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR: RELATO DE CASO
Dirceu L Gomes*, Carmem N Bello, Camila B Biazoto, Roberta F
Vieira
Hospital das Clínicas, São Paulo - SP
Introdução: A anquilose congênita ou perinatal das
articulações têmporo-mandibulares em geral
cursa com micrognatia acentuada e incapacidade de abertura bucal.
Relato
de Caso: Paciente do sexo masculino, 3 anos, 15 Kg,
submetido à cirurgia para osteotomia
e
colocação de distrator externo na mandíbula sob anestesia
geral.
Avaliação
pré-anestésica: abertura da boca com aproximadamente
0,3 cm e história de apnéia do sono,
com uso regular de CPAP
noturno.
Técnica anestésica: Indução inalatória com oxigênio a
50%, óxido nitroso a 50% e halotano com
concentrações
variando entre 0,5 e 3% .
Técnica de intubação:
Fibroscopia via nasal.
Efetuadas
várias tentativas de intubação nasotraqueal com auxílio da
fibroscopia, com grande dificuldade técnica.
|
Só
houve êxito na intubação com o fibroscópio quando a
língua foi exteriorizada com o auxílio de pinça
anatômica e tracionada através de um ponto com fio
mononylon 2.0, procedendo-se à intubação nasotraqueal.
|
Anestesia: Mantida em ventilação espontânea com sistema
respiratório avalvular, sem absorção de CO2 (Baraka -
Mappleson D).
Pós-operatório: Cerca de 240 minutos após a indução, com
a cirurgia concluída, foi encaminhado à UTI, onde foi sedado
e mantido em ventilação controlada mecânica.
Extubação: após dois dias, quando não havia mais edema
de vias aéreas superiores à laringoscopia
e a
gasometria arterial apresentava resultados satisfatórios.
Foi
submetido a nova intervenção cirúrgica para reposicionamento
do distrator após um mês.
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2ª cirurgia após 1 mês
Apresentava agora abertura
bucal que permitia o tracionamento da língua de
maneira convencional.
Foi realizada intubação
nasotraqueal
com fibroscopia sem dificuldade.
Alta hospitalar após dois
dias. |
Discussão: As alterações decorrentes desta doença
determinam dificuldades na realização de
procedimentos
anestésicos, como a manutenção da via aérea pérvia.
É
de fundamental importância que o anestesiologista reconheça
as possíveis dificuldades
impostas ao ato
anestésico assim como as condutas a serem adotadas para
vencê-las.
A pinça
anatômica e o fio de nylon foram taticamente indispensáveis
para o sucesso deste caso.
Referências:
1.Rosenblatt WH, Whipple J - The difficult
airway algorithm of the American Society of
Anesthesiologists.
Anesth Analg, 2003;96:1233;
2. Blanco G,
Melman E, Cuairan V et al - Fibreoptic
nasal intubation in
children with anticipated and
unanticipated difficult
intubation. Paed Anaesth, 2001;11:49-53
Caso
apresentado no 50° CBA e enviado por:
Dr. Dirceu
L Gomes
Co-Responsável CET-SBA Santa Casa (SP)
Diretor
Científico do Pavilhão Fernandinho
Médico
Assistente HC-FMUSP
ANESTESIA
EM
PACIENTE
PORTADOR DE
SÍNDROME DE APERT. RELATO DE
CASO
Carmem N
Bello, Dirceu l Gomes*, Camila B Biazoto, Roberta F
Vieira
Disciplina de
Anestesiologia da FMUSP
A
síndrome de Apert
ou acrossindactilia
tipo I é uma
doença autossômica
dominante
rara,
relacionada à
idade
paterna
avançada
com
incidência de 1:160000.
É
caracterizada
por:
- craniossinostose
coronal
bilateral e de
base de
crânio, hipoplasia do
terço
médio da
face,
- sindactilia de
mãos e
pés,
fissura
palatina
ou submucosa,
mordida
aberta
anterior,
- hiperteleorbitismo, exorbitismo,
pele
seca
com
acne e retardo
mental
variável.
Pode
estar
associada a alterações
cardíacas, respiratórias e neurológicas.
Paciente:
sexo
feminino – 9
anos
Apesar da
aparência, a paciente apresentava ao exame Mallampati I
e não houve dificuldade na intubação.
Este caso é
interessante porque a dificuldade surge no pós
operatório, quando os distratores
impedem a
visibilidade e a manipulação das vias aéreas.
Paciente
foi extubado (sob respiração espontânea e sedação leve),
com o uso uso do
fibroscópio,
permitindo a visualização
da sonda naso-traqueal junto a glote, afastando assim
qualquer
possibilidade de sangramento, edema, hematoma e ou
secreções.
CONCLUSÃO:
O
uso da fibroscopia na
extubação é
indispensável nestes
casos
devido à
presença dos distratores,
que impedem a
manipulação das
vias aéreas. O
fibroscópio confirma a
presença de
via
aérea pérvia,
livre de
edema,
hematoma e
possível
sangramento.
|
Caso
apresentado no 48° CBA e enviado por:
Dr.
Anibal de Oliveira Fortuna - TSA SBA
Co-Responsável CET-SBA Integrado de Santos (SP)
ESPONDILITE ANQUILOSANTE: Um caso difícil
- Solução fácil
José Caio
dos Santos, Anibal de O. Fortuna, Armando
Fortuna
Conceito:
A Espondilite Anquilosante é uma enfermidade da coluna
vertebral que aparece no início
da idade
adulta, caracterizando-se por inflamações progressivas
da coluna e grandes articulações, principalmente as
sacro-ilíacas.
Características da Doença:
- etiologia
desconhecida,
- incidência na população geral de 6:10.000,
- prevalência nos homens 7:1,
- caráter hereditário autossômico,
- cartilagens fibrosadas e ossificadas,
- “Coluna em
bambu”.
Descrição
Clínica:
- paciente masculino, 73a, branco, 87kg,
- ASA III,
cirurgia: RTU de próstata,
- doenças prévias: HAS e IC
esq.moderada,
- uso de
digoxina e alfa-metildopa.
|
Coluna
vertebral: rígida com acentuada cifose que
impedia o decúbito dorsal.
|
Técnica Anestésica Programada: Raquianestesia com
bupivacaína 0,5% hiperbárica - várias tentativas
infrutíferas de punção lombar - procedimento abandonado.
Alternativa Proposta: Inserção de
Máscara
Laríngea com o paciente desperto, sob anestesia tópica.
Anestesia
Realizada:
- anestesia tópica do orofaringe e laringe com lidocaína
10% spray,
- inserção de Máscara Laríngea nº 4 com o
paciente desperto,
- com a via aérea garantida, procedeu-se à indução
venosa com Propofol 150mg,
- manutenção sob anestesia inalatória N2O/O2 50%
associado a halotano - ventilação espontânea
Recuperação: Despertar tranqüilo e pós-operatório
sem incidentes.
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Caso
apresentado no 52° CBA e enviado por: |
Dr.
Carlos Rogério Degrandi Oliveira, TSA
Dra.
Tatiana Cavalcante Sawada
Dr.
Celso Schmalfuss Nogueira, TSA
CET
Santa Casa de Misericórdia de Santos
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INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL COM
ESTILETE LUMINOSO EM GESTANTE COM ESPONDILITE
ANQUILOSANTE. Relato de caso.
|
As
gestantes constituem um grupo de risco para o
controle das vias aéreas, pois apresentam alterações
fisiológicas que levam a dificuldades previsíveis de intubação traqueal.
Determinadas patologias coexistentes tornam este
procedimento ainda mais complexo.
Descrição
Clínica:
- paciente
de 37 anos, 68 kg,
- G2P1
(cesariana prévia), 40 semanas de gestação,
-
deformidade da coluna vertebral com restrição da
mobilidade do pescoço,
-
Mallampati classe IV.
Técnica Anestésica Programada:
-
raquianestesia (paciente relatou raquianestesia em
cesária anterior).
- após 3
tentativas de punção, sem sucesso, optamos pela
realização da anestesia geral com intubação
orotraqueal acordada com auxílio do estilete
luminoso.
Anestesia
Realizada: intubação orotraqueal acordada com
estilete luminoso.
|
Foi
explicada a necessidade da realização desta
técnica para que a paciente
concordasse
e houvesse colaboração. |
- realizada
anestesia tópica em orofaringe com spray de lidocaína a
10%,
-
pré-oxigenação,
-
preparado o estilete luminoso no interior do tubo
traqueal, moldado na forma de bastão de hóquei,
-
intubação ocorreu sem grande desconforto e sem
repercussões hemodinâmicas significativas,
|
- após
confirmação da intubação com auxílio da capnografia,
foi realizada a indução da anestesia,
-
duração do procedimento cirúrgico: 45 minutos.
-
extubação em sala,
-
encaminhada para a unidade RPA, sem intercorrências.
|
Conclusão: |
A
intubação orotraqueal acordada, com o
dispositivo
estilete luminoso,
se mostrou uma opção segura em gestante com
dificuldade de acesso às vias aéreas. |
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Caso
apresentado no 48° CBA-Recife e enviado por:
Dr.
Anibal de Oliveira Fortuna - TSA SBA
Co-Responsável CET-SBA Integrado de Santos (SP)
MÁSCARA LARÍNGEA DE INTUBAÇÃO e LIPOMATOSE
CERVICAL (SÍNDROME DE MADELUNG)
Anibal
O Fortuna*, Valéria B. Melhado, Armando Fortuna
Introdução: Doença de Madelung, ou lipomatose
cervical, é uma patologia benigna rara onde volumosos
infiltrados gordurosos não encapsulados se alojam de
forma simétrica na região cervical, restringindo sua
movimentação. O tratamento é cirúrgico e a dificuldade
maior é a intubação, dado ao grande volume e restrição
na mobilidade cervical.
Relato do
Caso: Paciente masculino, 76 anos, baixa estatura,
pescoço curto em forma triangular, com uma massa
volumosa ao seu redor, boa abertura bucal, Mallampati
III.
Conduta:
Pela evidente dificuldade de intubação pelos métodos
convencionais, optamos pelo emprego da MLI – Máscara
Laríngea de Intubação “Fastrach” no suporte ventilatório
inicial e posterior intubação por seu intermédio.
Técnica:
- sedação
leve com Midazolam 3,0 mg e Fentanil 50 microgramas IV,
Lidocaína 1% endovenosa 130mg para atenuar reflexos,
- iniciamos
uma lenta indução inalatória com Enflurano e N2O
sob máscara facial. - indução inalatória com o paciente
sob ventilação espontânea.
1
Doença
de Madelung Lipomatose cervical.
|
2
MLI nº 4
e TT, de látex reforçado nº 36, com sonda naso-gástrica
nº 18G em sua luz (SNG 3 cm
para fora do TT). |
3
Com
indução inalatória sob ventilação espontânea, foi
possível a inserção de MLI n° 4 com
facilidade.
|
4
MLI
inserida e ventilação adequada.
O plano
anestésico foi aprofundado afim de iniciar a
intubação |
5
Inserção do conjunto TT-SNG através da MLI. |
6
Balonete do tubo
inflado,
confirmada a intubação.
|
7
Remoção da MLI. |
8
TT em
posição. |
Discussão:
O uso da MLI permite que alguns casos
antes difíceis, possam ser manuseados com maior
facilidade e segurança, mesmo na ausência de fibroscopia.
|
Referências:
1- Hajtman
A,Neuschl R, Reznak I - Madelung's disease. Bratisl Lek
Listy 1989;90(8):614-616.
2- Amicucci
G, Sozio ML, Rizzo FM, Sozio A-Madelung's disease.
Clinical case and review of the literature. Minerva Chir
1998;53(7-8):655-657.
3- Anibal O
Fortuna, Valéria B Melhado , Armando Fortuna – Máscara
Laríngea. Atualização em Anestesiologia II. SAESP
1996;9-40.
Caso
enviado por:
Dr.
Paulo Rogério Scordamaglio
Especialista em Terapia Intensiva pela AMIB
Médico assistente do Serviço de Endoscopia
Respiratória do Hospital das Clínicas da FMUSP e
Instituto do Coração
Neoplasia de base de língua
Relato do
Caso: Paciente 50 anos, sexo masculino, tabagista,
com diagnóstico de neoplasia de base de língua. Após
a anestesia tópica para endoscopia digestiva alta,
o paciente apresentou tosse importante seguida por
um quadro de obstrução respiratória aguda,
culminando com apnéia.
Durante laringoscopia, evidenciou-se
grande massa em cavidade oral impossibilitando a
visualização da glote.
A ventilação com máscara facial, naquele momento,
foi praticamente impossível, sendo então
acionado o serviço de fibroscopia.
Conduta:
Como o paciente apresentava-se bradicárdico e sem
pulso palpável, a conduta imediata foi a realização de
VJTT
através de uma
cricotireoidostomia
com uma cânula de punção
venosa do tipo extracath n°14, acoplada a um
extensor de dupla via (Polifix®), de forma a
permitir que o paciente pudesse ser ventilado e
também para a
instilação de duas ampolas de adrenalina.
Constatou-se a recuperação imediata da oxigenação, evidenciada pela oximetria de pulso e melhora da condição
hemodinâmica.
Com o quadro estabilizado, realizou-se a
broncofibroscopia, que evidenciou grande massa
neoplásica que invadia boa parte da cavidade
oral e toda a orofaringe, com desvio importante das
estruturas laríngeas, que apresentavam edema
importante, impossibilitando a passagem de um tubo
traqueal de calibre adequado.
A ventilação foi mantida sob cricotireoidostomia até
a realização de uma traqueostomia percutânea sob visão
direta, que permitiu a melhora imediata do padrão
ventilatório.
Paciente recebeu alta hospitalar após 24h de
observação.
|
|
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Caso
apresentado (como "Poster"), no 48° CBA- Recife e enviado pelos
Drs:
Anibal de Oliveira Fortuna,
Gilvandro S Mendes, Maria D L Gloria, José C Santos
CET/SBA Integrado de Santos - Hospital da
Beneficência Portuguesa de Santos- SP
Máscara Laríngea em reanimação cardio-respiratória
Uma solução
prática em um caso de parada cardíaca com intubação
difícil
Resumo do
caso: Reanimação cardio-respiratória, onde se
empregou com sucesso a
ML (Máscara Laríngea) para
ventilação, após repetidas tentativas infrutíferas de
intubação traqueal.
Relato do
Caso:
Paciente feminina, 56 anos, obesa (110kg), pescoço
curto, diabética, hipertensa, com o diagnóstico de
Pancreatite Aguda internada na UTI.
A evolução com
suporte ventilatório mecânico foi satisfatória com
melhora do nível de consciência e estabilidade
hemodinâmica.
Iniciou-se um programa de desmame
progressivo do ventilador. Ao nono dia, houve extubação
espontânea, evidenciada por rápida dessaturação e
cianose facial.
Manobras de suporte ventilatório foram iniciadas, com
ventilação manual sob máscara facial a uma FIO2
de 1,0. Devido à dificuldade em se obter uma ventilação
satisfatória sob máscara facial nestas condições, tentou-se por
repetidas vezes uma intubação orotraqueal, sem sucesso.
Neste ínterim a paciente apresentou parada cardíaca.
Manobras de reanimação foram iniciadas concomitantemente
à ventilação sob máscara facial.
O Serviço de
Anestesiologia foi acionado e dado a situação
encontrada, optou-se por um acesso imediato à via aérea
através do uso de uma ML nº 4.
A ventilação manual prosseguiu, agora de forma mais
eficaz, juntamente com a massagem cardíaca externa e
infusão de drogas vasoativas.
Logo em
seguida, o cardioscópio assinalou transição de um ritmo
anárquico para sinusal, a uma FC de 140 bpm e início da
percepção de ondas de pulso pelo oxímetro, evidenciando
uma SPO2 de 90% chegando a 98%. PA
180x100mmHg.
Uma vez a paciente estabilizada, procedeu-se em melhores
condições, à intubação orotraqueal.
Discussão: A reanimação cardio-respiratória em
qualquer circunstância é sempre um quadro dramático,
onde o tempo para agir além de ser limitado é precioso.
O caso mostra ser a Máscara Laríngea, uma opção de
acesso rápido às vias aéreas, mesmo em situações
adversas.
Referências: 01. Divatia JV, Kulkarni AP et al -
Failed intubation in the intensive care unit managed
with laryngeal mask airway and percutaneous tracheostomy.
Anaesth Intensive Care 1999;27(4):409-411. 02.
Samarkandi AH Seraj MA et al - The role of laryngeal
mask airway in cardiopulmonary resuscitation.
Resuscitation 1994;28(2):103-106.
Trabalho
apresentado (como "Poster") no 2° COPA -
Congresso Paulista de Anestesiologia e enviado pelo
Dr.
Marcelo Sperandio Ramos
Hospital Santa Cruz -
São Paulo
SOS – Estilete ótico
ou fibroscópio semi-rígido
Uma nova maneira de enfrentar o desafio da via aérea
difícil
Descrevemos nossa experiência com o estilete óptico
visual SOS (Shikani Seeing Stylet).
|
|
Este dispositivo é
constituído por um tubo
de aço inoxidável
maleável com 4.3 mm de diâmetro com sua ponta em
forma de “J”. Dispõe de um sistema duplo de
fibra óptica interno, permitindo transmissão de
luz e captação de imagem. |
Os estiletes ópticos visuais incorporam a vantagem
da visualização de imagem por fibroscopia com
o pequeno diâmetro e a
forma dos estiletes de intubação clássicos (guia
iluminado, guias metálicos, “bougies”) amplamente
conhecidos.
Técnica de anestesia:
Avaliação
da via aérea – sem dificuldade = indução de
anestesia geral
Avaliação
via aérea difícil = preparação para intubação
acordado, mantendo a ventilação espontânea após a
visualização da correta posição do tubo traqueal =
indução da anestesia geral
|
Técnica:
clique aqui
para maiores detalhes sobre a técnica de uso
do SOS |
Treinamento para a intubação com o SOS:
O SOS apresenta uma curva de aprendizado muito mais
favorável do que a fibroscopia.
A equipe do serviço de anestesiologia do Hospital
Santa Cruz é composta por 12 anestesiologistas.
Estes médicos foram treinados com 4 a 7 intubações
com o SOS.
Depois de apenas 4 intubações com o SOS, o autor
deparou-se com um caso de via aérea nitidamente
difícil. Já neste primeiro caso, houve sucesso na
intubação, apesar da limitada experiência com o SOS.
Outros profissionais inexperientes com o aparelho,
obtiveram sucesso na intubação na primeira
ou segunda tentativa.
Em nossa experiência, o SOS mostrou uma
versatilidade e uma facilidade de uso que o coloca
como um dispositivo muito importante no manuseio da
via aérea difícil.
Desde que introduzimos o SOS no serviço de anestesia
do Hospital Santa Cruz, não houve mais necessidade
do auxílio dos colegas do serviço de endoscopia, que
eram rotineiramente requisitados nos casos de
cirurgia bariátrica ou portadores de apnéia
obstrutiva do sono.
|
|
Caso
apresentado no 52° CBA e enviado por: |
Dr.
Carlos Rogério Degrandi Oliveira, TSA
Dra.
Tatiana Cavalcante Sawada
Dr.
Celso Schmalfuss Nogueira, TSA
CET
Santa Casa de Misericórdia de Santos |
|
Intubação nasotraqueal acordada às cegas em
paciente com seqüelas de queimadura em face e
pescoço. Relato de caso.
Os pacientes com
seqüelas de queimaduras em face e pescoço
oferecem um grande desafio para o controle das
vias aéreas.
Relato do
Caso:
paciente
do sexo masculino,
26
anos, ASA III, |
Exame físico
|
|
Procedimento cirúrgico:
cirurgia
plástica reparadora em face
Técnica
anestésica:
o
ideal seria o uso do broncofibroscópio
como
não estava disponível, optou-se por realizar
a técnica de
intubação nasal às
cegas, com o paciente acordado
|
Foi
explicada a necessidade da realização desta
técnica para que a paciente concordasse
e houvesse colaboração.
|
monitorização:cardioscópio, oxímetro de pulso e
aparelho de pressão arterial não-invasiva
acesso
venoso periférico com cateter 20G
administrado midazolam (5 mg) e fentanil
(50 µg)
anestesia
tópica em orofaringe com spray de lidocaína
a 10%
a
narina escolhida foi lubrificada com
lidocaína gel
|
a
intubação traqueal com tubo 7,5 foi
realizada sem maiores dificuldades e
confirmada pela capnografia
Clique aqui
para maiores informações sobre a
técnica de intubação nasal às cegas.
O caso
relatado torna evidente que desde que
haja uma avaliação criteriosa com
conscientização do paciente, associado a
uma sedação leve,
é possível
ter sucesso na intubação nasotraqueal às
cegas, quando outros meios não são
disponíveis. |
|
|
Caso
apresentado no 52° CBA e enviado por: |
Dr.
Carlos Rogério Degrandi Oliveira, TSA
Dr. Fúlvio Alberto dos Santos
Dr.
Celso Schmalfuss Nogueira, TSA
CET
Santa Casa de Misericórdia de Santos |
|
|
Intubação orotraqueal
acordada com estilete luminoso em paciente submetido
a embolização de neoplasia craniofacial.
Relato
de caso.
Neoplasias craniofaciais
com acometimento anatômico das vias aéreas
constituem dificuldades previsíveis na intubação
orotraqueal.
Relato de
Caso:
paciente
do sexo masculino, 45 anos, ASA II
cirurgia
eletiva para embolização de lesão expansiva
sólida localizada em sua maioria na
topografia do espaço mastigatório,
parafaríngeo e rinofaríngeo à direita com
extensão superior para o seio cavernoso (TC)
|
|
|
Exame físico:
classificação
de Mallampati
prejudicada por limitação da abertura da
boca
assimetria
facial
|
Procedimentos
cirúrgicos anteriores:
2000:
esvaziamento cervical radical
2002: biópsia de rinofaringe
2002: mandibulectomia + etmoidectomia
2005: embolização
|
|
Técnica
anestésica:
venóclise
(20G)
monitorização: cardioscópio, oxímetro de
pulso e PANI
sedação:
midazolam 5 mg
anestesia tópica de vias aéreas:
- spray de
lidocaína a 10% na orofaringe
- bloqueio dos
nervos laríngeos superiores
- punção da
membrana cricotireóidea para injeção de
anestésico local
|
preparado o estilete luminoso no interior do
tubo traqueal, moldado na forma de bastão de
hóquei
introduzido
o tubo
nº 7,5 com estilete luminoso cuidadosamente
pelo lado esquerdo da orofarínge
intubação confirmada por capnografia
anestesia
geral balanceada
|
|
clique aqui
para
maiores informações sobre a técnica de
intubação com o estilete luminoso |
acesso
na artéria femural direita para inserção de
cateter; orientado pelo intensificador de
imagem até a localização intracraniana
paciente
extubado após 45 minutos do início do
procedimento, sem intercorrências
O caso
relatado torna evidente que, a partir de um
planejamento adequado, uma avaliação
criteriosa e conscientização do
paciente em relação ao procedimento, é
possível ter sucesso na intubação traqueal
com auxílio do estilete luminoso, mesmo em
casos de via aérea difícil. |
Caso
apresentado no 53° CBA e enviado por: |
Dr.
Carlos Rogério Degrandi Oliveira
Dr. Celso Schmalfuss Nogueira
Dr.
Calves PF
Dr.
João Garcia
Dr.
Ruy de Barros
CET
Santa Casa de Misericórdia de Santos |
|
Intubação com
estilete luminoso pediátrico em paciente com
microcefalia. Relato de Caso.
As
crianças com malformações craniofaciais
constituem um grupo de risco para o controle das
vias aérea, pois apresentam alterações que levam
às dificuldades previsíveis de intubação
traqueal.
O objetivo desse relato é apresentar um caso de
intubação com estilete luminoso pediátrico
em paciente com microcefalia e obstrução crônica
da orofaringe por hipertrofia de amígdalas
submetido à adenoamigdalectomia.
Relato de
Caso:
paciente
de 4 anos, sexo masculino, 14kg
atraso
do desenvolvimento neuro-psico-motor
história
de ronco e apnéia durante o sono
mesmo
acordado apresentara vários episódios de
agitação devido à obstrução aguda da via aérea
Exame físico:
microcefalia
e tórax escavado
Técnica
anestésica:
monitorização
indução
inalatória com oxigênio, óxido
nitroso e sevoflurano
acesso
venoso periférico (24G)
aerossol
de lidocaína a 10% na orofaringe
após
a perda do reflexo ciliar,
utilizando o estilete
luminoso pediátrico, foi realizada a
IT
confirmada
a IT com capnografia |
estilete luminoso no interior do TT
(4,5 mm com balonete) |
A intubação por transiluminação com auxílio do
estilete luminoso se mostrou uma opção segura
neste caso de via aérea difícil previamente
diagnosticado.
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