Máscara Laríngea e o Algoritmo da Via Aérea
Difícil
Máscara Laríngea no Algoritmo ASA
(Anesthesiology, V 98, No 5, May 2003)
Uso
da ML na situação de emergência “não intubo, não ventilo”, como um
dispositivo salva-vidas
Esta talvez seja a situação onde a ML
tem seu maior valor no manuseio da VAD.
A inserção imediata de uma ML é uma conduta sensata nestes casos,
exceto quando patologias de laringe e faringe (tumores, abscessos)
impeçam seu correto posicionamento, ou mesmo limitem a troca gasosa.
Uso
da ML como via aérea definitiva na situação de não emergência
(paciente anestesiado
que não pode ser
intubado, mas pode ser ventilado)
Uma das alternativas
previstas no Algoritmo da ASA para pacientes anestesiados que não
possam ser intubados,
mas que ainda podem ser ventilados com máscara
facial, é a de se continuar com o procedimento anestésico através da
máscara facial.
Nestas circunstancias, o uso da ML é uma alternativa
comparativamente mais vantajosa que a
máscara facial.
A ML proporciona uma via aérea mais eficiente quanto à ventilação e
oxigenação, além de liberar as mãos
do anestesiologista para
outras atividades vitais, e, podendo ainda funcionar mais tarde,
como uma via
para uma intubação
através de fibra óptica.
Uso
da ML no paciente acordado como recurso para intubação traqueal
Numerosas publicações são favoráveis ao uso da ML como uma opção para
intubação traqueal guiada
ou não por fibra óptica em pacientes
acordados e adequadamente preparados, comparativamente
a métodos altamente estimulantes como a
laringoscopia e a broncoscopia rígida.
A Tabela abaixo relaciona a
compatibilidade entre os diferentes tamanhos da ML e o diâmetro
interno
do tubo traqueal.
Tabela -
Compatibilidade do tamanho da ML e o diâmetro interno do tubo
traqueal
Tamanho ML
Diâmetro interno
tubo traqueal
|
no 1
|
3,5 mm |
no 1,5
|
4,0 mm |
no 2
|
4,5 mm |
no 2,5
|
5,0 mm |
no 3
|
6,0 mm com balonete
|
no 4
|
6,0 mm com balonete
|
no 5
|
6,5 - 7,0 mm com
balonete |
Uso
da ML como conduto para intubação traqueal com fibra óptica no
paciente anestesiado,
que pode ser ventilado
mas não intubado
A ML tem bom desempenho para intubação
traqueal, tanto no paciente anestesiado como no desperto,
uma vez que conserva a via aérea livre,
permitindo a ventilação mesmo durante a passagem do aparelho.
A ML também evita a
aposição da língua com a faringe, um problema comum da
fibroscopia, que faz com
que outros artefatos
também utilizados na intubação com fibra óptica, como as cânulas de
Williams, Ovassapian e Berman, nem
sempre funcionem bem em pacientes anestesiados.
Máscara laríngea como conduto para fibroscópio
Uso
da ML como dispositivo para intubação traqueal nos casos “não intubo,
não ventilo”:
A ML também evita a
aposição da língua com a faringe, um problema comum da
fibroscopia, que faz com que outros artefatos também
utilizados na intubação com fibra óptica, como as cânulas de
Williams, Ovassapian e Berman, nem sempre funcionem bem em pacientes
anestesiados.
Intubação
traqueal direta, às cegas através da ML
A intubação às cegas pode ser feita com
relativo grau de sucesso através da ML em pacientes anestesiados, ou
despertos após preparação adequada.
A vantagem da intubação às cegas através
da ML, é a de ser um método simples, que não requer laringoscópio de
fibra óptica. Publicações relatam índice de sucesso entre 30 a 93%
de intubação às cegas através da ML, dependendo da técnica,
experiência, número de tentativas, equipamento utilizado e da
aplicação coordenada de pressão cricóide.
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